segunda-feira, 1 de junho de 2009

CONFRARIA DA LEITURA

Comentários sobre o Conto “Estrutura da Bolha de Sabão”
de Lygia Fagundes Telles

Lygia do Porão e Sobrado
Lygia e seu Cacto Vermelho
Lygia da Ciranda de Pedra
Lygia e seus Filhos Pródigos,
Trazendo a Estruturada Bolha de Sabão.

“(...) com a ponta da língua pude sentir a semente apontando sob a polpa.Varei-a. O sumo ácido inundou-me a boca.
Cuspi a semente: assim quero escrever, indo ao âmago do âmago até atingir a semente resguardada lá no fundo como um feto.” (Verde lagarto amarelo- Lygia Fagundes Telles).

Talvez por ter nascido mulher, e também em uma família de maioria feminina, Lygia consegue como ninguém trabalhar o sentimento de rejeição com a formação da identidade do ser humano.
Lygia é feminista, mas sem deixar de ser feminina, deseja sim a emancipação do gênero feminino, repensando o papel social da mulher.
Lygia nos traz o universo feminino com seu olhar diferenciado e único, por outro lado não deixa de olhar para o gênero masculino, apontando o quão frágil e carente é o dito “sexo forte”.
É notável como uma brincadeira de criança pode servir de catapulta para tão refinado conto.
Uma paixão de infância é reencontrada despertando desejo, ciúme, e também remetendo aos bons tempos de criança.
Valeu Lygia.
por João de Oliveira – bancário.

POESIA DE PATATIVA DO ASSARÉ

Eu sou de uma terra que o povo padece
Mas não esmorece e procura vencer.
Da terra querida, que a linda cabocla
De riso na boca zomba no sofrer
Não nego meu sangue, não nego meu nome
Olho para a fome, pergunto o que há?
Eu sou brasileiro, filho do Nordeste,
Sou cabra da Peste, sou do Ceará.

POESIA DE CORDEL DE PAULO GONDIM 18.01.2002

Enfim, a chuva chegou
Muitos sonhos
renovou
Fez a vida renascer
A vida quase esquecida
Dessa gente desvalida
Que nunca deixa o sertão
Mesmo sabendo da luta
Da vil e cruel labuta
Por um pedaço de pão

E o sol se esquivou
E dessa vez não queimou
O meu sofrido torrão
E água muita correu
A tudo depressa encheu
O sertão virou um mar!
Todo orgulhoso, sorriu
Assim como nunca viu
Tanta vida festejar

Mas a sorte aqui não muda
É cruel, feia e desnuda
É pura desolação
E no sertão é assim
Sem chuva, a seca ruim
Assola bichos e sonhos
Desalojando essa gente
Num castigar iminente
Em desalentos medonhos

E desta vez foi a chuva
Como a praga da saúva
Que tudo come sem dó
Tirou o sol do caminho
Acabou tudo igualzinho
Como o sol da outra vez
Levou tudo pela frente
Na estrondosa corrente
Destruindo o que se fez

Pois é assim no sertão
Tudo é sim ou tudo é não
Não há jeito nem saída
Quando o sol não lhe castiga
É a chuva por intriga
Que vem tudo devastar
Expulsa o pobre oprimido
De seu lugar tão querido
Para nunca mais voltar

E o sertanejo pergunta
Na dor que ao pranto se junta
Será que a sorte não muda?
Quando o sol lhe queima o rosto
Ou muita chuva é desgosto
Nunca sabe o que é melhor
Como já disse o “Patativa”
“Seca sem chuva é ruim”
“Mas seca d’água é pior”


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